Quando comecei a estudar Economia eu percebi como minha visão das leis, especialmente as ambientais, eram bem diferentes das que eu imaginava. Eu sempre pensava: “como assim as pessoas não cumprem as leis! É tão simples!”. Só que percebi que não são tão simples assim.
Veja o exemplo atual que temos: muitos estados aderiram à abolição de canudos plásticos, copos e sacolas, por meio de leis estaduais. Eu realmente acho lindo que conseguimos, finalmente, redigir leis que tornem o plástico um produto proibido. Especialmente nas formas de canudo, copos e sacolas.

Só que esquecemos algumas coisinhas nesse meio aí… E essas “coisinhas” se resumem a 5 perguntas:
- Tem gente para fiscalizar?
- Já calcularam o custo da fiscalização? Quem irá arcar com esses custos?
- Conversaram com o setor produtivo e empresarial para que estejam de acordo e busquem soluções viáveis como substitutos desses produtos?
- Governo, setor produtivo e empresarial apoiaram pesquisas para que achem soluções viáveis e novos produtos substitutos mais rapidamente?
- Educaram a população com relação ao uso e aos impactos negativos que o uso de plásticos pode trazer para a sua vida e a dos seus queridos e queridas?
Provavelmente a resposta é não para todas ou para a grande maioria dessas perguntas.
Aí depois todos (população, governo, setor produtivo e empresarial) reclamam que as leis (especialmente as ambientais) não funcionam!
Será por que, né?

Porque as pessoas não querem se responsabilizar por seus atos. Porque nenhum dos setores pega parte da responsabilidade para si e acaba deixando tudo para o governo, sem fazer a sua própria parte.
Mais autorresponsabilidade, por favor!